Eu sou

Minha foto
BELO HORIZONTE, MG, Brazil
Enfermeiro (a) Não anda...DEAMBULA Não fuxica...faz anamnese Não pensa....realiza raciocínio clínico investigativo Não incha...tem edema Não se apega.....estabelece vínculos Não fica doente...manifesta sinais/sintomas Não fica de ressaca.....apresenta vasodilatação e desidrata por inibir ADH Não pratica atividade física.....favorece retorno ósseo,oxigenação celular,remodelãção óssea e resistência cardiovascular Não conversa......estabelece comunicação verbal Não fica gorda.......desenvolve obesidade por dislipdemia Não briga....diverge com fundamentação Não beija.....compartilha microbiota normal da cavidade oral Não impõe.....exerce liderança Não faz sexo....satisfaz necessidade humana básica Não joga fora.....despreza Não usa camisinha....usa método contraceptivo de barreira Não é saudável....mantém homeostasia corporal Não trabalha junto.....trabalha em equipe Não trata...cuida Não gosta do que faz....AMA

quarta-feira, 18 de maio de 2011

HJK DESTAQUE EM HUMANIZAÇÃO!!!

CTI Humanizado ganha destaque em hospital da Rede Fhemig


Equipe CTI/ HJK

CTI do Hospital Júlia Kubitschek : a terapia da simpatia, do carinho ajuda na recuperação
Ver galeria de fotos
BELO HORIZONTE (06/10/08) - “Humanizar o CTI é desmistificá-lo. É tentar de alguma forma mostrar que CTI é lugar de vida, cuidado e acolhimento. Em nosso CTI, tentamos romper com a visão de que este é um lugar de pacientes graves à espera da morte, onde só podemos seguir as prescrições médicas. Tentamos oferecer, no mínimo, um sentido para que este paciente continue ali, sendo invadido por tubos e sondas”.

Esta é a principal motivação para a equipe do Centro de Terapia Intensiva do Hospital Júlia Kubitschek (HJK), da Rede Fhemig/ Complexo de Hospitais Gerais, revelada pela psicóloga Márcia Viegas. A experiência bem-sucedida desta unidade vem sensibilizando, ainda mais, para a humanização do atendimento, ou seja, criar um ambiente onde interagem pacientes, profissionais e família.

Fugindo dos moldes tradicionais, o HJK está conseguindo transformar o CTI em um ambiente menos estressante e acolhedor. Para isso, são desenvolvidas algumas atividades como música, sessões de contadoras de histórias, comemoração de datas especiais, utilização de recursos audiovisuais (tv, rádio), visitas de crianças à unidade e permanência de acompanhantes.

Cerca de 80% dos pacientes que se internam em um CTI, hoje, se recuperam e recebem alta, diferente do que preconiza a opinião pública. “Pacientes e familiares chegam angustiados com a possibilidade de morrer. Oferecer apoio emocional e orientação, dando-lhes um tratamento mais humano, ameniza o sofrimento e o impacto provocado pelo adoecimento e internação no CTI”, ressalta a psicóloga.

A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) vem atendendo as diretrizes estabelecidas pela Política Nacional de Humanização. Esta premissa vem sendo adotada há cerca de três anos no CTI do Hospital Júlia Kubitschek. A equipe vem realizando mudanças no ambiente físico e nas atitudes comportamentais, atuando em três vertentes: ações voltadas para as necessidades do paciente; ações voltadas para as necessidades da família; e ações voltadas para a equipe de saúde.

“Estes princípios reverteram a relação entre o usuário e o prestador de serviço; agora é uma relação entre dois sujeitos: não existe mais a figura do paciente passivo”, explica o gerente da Unidade de Pacientes Críticos, Adão Ferreira de Morais.

Morais enfatiza que a equipe do CTI resgatou a cidadania de cada paciente; identificando-os pelos nomes, compartilhando informações e decisões, com eles e com a sua família. “Aprendemos a perceber e atender as necessidades individuais, como o horário de visita ampliado. E estas ações não requerem recursos financeiros para serem executadas”. Na verdade, hoje, no CTI do Júlia Kubitschek não existe um horário de visitas, apenas um horário para passar o boletim médico. A equipe leva em consideração, mais uma vez, as necessidades dos pacientes e de seus familiares. Acompanhantes e visitantes também são avaliados psicologicamente.

O Centro de Terapia Intensiva do HJK conta, atualmente, com 21 leitos, com ocupação superior a 90%. A unidade é clínica, recebe pacientes com complicações infecciosas e outras, pós-cirúrgicos e da maternidade de alto risco. A demanda não se restringe aos pacientes do hospital, mas atende também à Central de Leitos (de regulação municipal) e à Grande BH.

A equipe é multidisciplinar, uma questão essencial quanto se trata deste CTI. Possui fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicóloga, médicos, enfermeiros e técnicos. A gestão do serviço tem a participação de todos. “O funcionário entende e colabora com as condições de trabalho”, diz o gerente.

Ex-pacientes mantêm vínculo com a unidade

“Senti falta da atenção quando fui para a Enfermaria. Não tem explicação o cuidado intenso, carinhoso que eu recebi enquanto estive no CTI”, conta a estudante Lílian Cunha Pereira, 27 anos, que ficou internada por causa de complicações de uma pneumonia. Lílian faz o acompanhamento de seu caso, todos os meses, no HJK, e sempre visita a equipe do CTI, que considera “amigos”.

Segundo a psicóloga Márcia Viegas, um CTI tem a particularidade de ter muitas máquinas, procedimentos mecânicos. “Mas a gente percebe que, mesmo quando todas as parafernálias tecnológicas se mostram insuficientes para reverter o quadro clinico de um paciente, nós, profissionais, ainda temos muito o que fazer. Dessa forma, até mesmo quando os pacientes falecem, a família se sente acolhida, pois sabe que foi feito o melhor e o possível. Não nos cabe impedir a morte e, independente do diagnóstico e prognóstico do paciente, é nosso dever proporcionar um tratamento digno”.

E este carinho pode causar dependência. É o caso do motorista Marcos Antônio dos Reis, 30 anos, que piorava toda vez que saía do CTI. “Eu ficava inseguro, era emocional mesmo”. Marcos teve uma doença rara, que comprometia o sistema imunológico. “Ali, não somos tratados somente como pacientes. Foi uma segunda família para mim”.

No que concorda Esdras Carlos Eller, 53 anos, pastor presbiteriano: “a forma como fui acolhido me impressionou. A terapia da simpatia, do carinho, ajuda na recuperação. Não adianta apenas remédios, o tratamento médico. Que aquele CTI continue a ter pessoas preciosas, verdadeiros instrumentos de Deus”.

Alguns ex-pacientes visitam sempre o CTI do hospital, para trocar suas experiências com aqueles que estão internados. “As particularidades de nossos pacientes são consideradas, os aniversários são lembrados e comemorados entre a equipe e a família, assim como outras datas especiais. Todas as informações são repassadas de forma clara e objetiva -sobre a doença, riscos, tratamento, medicação, cirurgias - em um ambiente reservado, e não à beira do leito. A humanização é um processo vivencial, uma mudança de postura e comportamento, mas as medidas concretas e as modificações no ambiente são extremamente necessárias e se completam. Um espaço adequado, que atenda às necessidades básicas, e acolhedor para a família é essencial e indispensável na humanização do CTI. São diferenciais que se resumem na idéia de que “humanização particulariza o tratamento, deixando de generalizá-lo”, cita Márcia Viegas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário